terça-feira, 15 de junho de 2010

Dogville

Título original: Dogville

Categoria: Drama

Temas: história, Estados Unidos, preconceito, opressão

País: Holanda, Noruega, Dinamarca, Suécia, Filândia, França, Reino Unido, Alemanha

Ano: 2003

Duração: 177min.

Diretor: Lars van Trier

Elenco: Nicole Kidman, Paul Bettany, Harriet Andersson, Lauren Bacall

Prêmios: Academia Européia de Cinematografia de 2003 (melhor diretor e melhor fotografia)

Seleção Oficial dos festivais de Cannes, New York, Sundance, Toronto e Telluride

Enredo: Primeiro filme da trilogia “Estados Unidos, terra de oportunidades” do diretor holandês Lars van Trier. O filme chama a atenção pela simplicidade de seus cenários e cortes de cenas não convencionais, com marcações no chão e mudança de luz como referencias para espaços e tempo. É um fime sem trilha sonora. O filme ainda tem um narrador onisciente e é o próprio Lars von Trier quem controla a câmera. Dogville apresenta claras referências visuais e influências de produção herdadas do movimento Dogma 95, manifesto cinematográfico que foi iniciado pelo próprio Lars Von Trier. Existem visíveis influências teatrais em Dogville, como o teatro de Bertolt Brecht. O filme é dividido em 10 partes - cada uma com créditos e uma introdução narrada -, sendo 1 prólogo e 9 capítulos. A trama acontece em um único local, uma cidade pequena dos Estados Unidos chamada "Dogville", situada no fim de uma estrada que vai até as Montanhas Rochosas, na época da grande depressão estadunidense. Entre os moradores de Dogville, o personagem principal é Thomas Edison Jr. (Paul Bettany), um escritor que para protelar o dia em que terá que começar a escrever seu livro se ocupa em pregar sermões a toda a comunidade sobre rearmamento moral. Ele está procurando um exemplo para servir de ilustração às suas teorias e assim comprovar que os moradores não são capazes de aceitar novas situações.Nesse momento entra Grace (Nicole Kidman), uma bela jovem com um vestido que denota sua origem de família rica. Ela diz a Tom que está fugindo de um gângster e Tom, percebendo nela o exemplo perfeito para sua palestra, lhe dá cobertura. Os moradores de Dogville a princípio recusam-se a aceitá-la, e Tom propõe que dêem a Grace um prazo de duas semanas, para então decidirem sua sorte. Grace, em compensação, deve ajudá-los em tarefas cotidianas. Apesar de não admitirem, eles jamais dão coisa alguma, não há generosidade ou aceitação: há um sistema de trocas e é esse sistema de compensações (o quid pro quó) que, aliado à personalidade de perdoar de Grace (seu altruísmo), anuncia uma tragédia. Dogville é a antítese do bom selvagem de Rousseau. Sequer os bebês são sem pecado, apenas talvez o cão, que esse nada fez contrariando sua natureza animal e permanece o filme todo "preso" em sua corrente. Nos Estados Unidos muitos espectadores sentiram-se ofendidos, acusando Lars von Trier de antiamericano. O fato de ele jamais ter visitado os Estados Unidos e de fotografias do período da depressão e de pessoas miseráveis estadunidenses serem usadas durante os créditos finais, ao som da música Young Americans de David Bowie, não depuseram a seu favor. Mas Dogville poderia ser uma cidade em qualquer lugar, em qualquer época (Wikepédia).

Na internet:
Dogville Trailer
O dogmatismo de Dogville. Revista Espaço Acadêmico (julho 2004)


Observações: DVD original, com caixa

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